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A Premissa da Cristologia Messiânica

  • 22 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

O evangelho segundo Mateus é o primeiro do arranjo bíblico, ainda que – historicamente – não seja o primeiro a ser escrito. Ele surge por volta do ano 50 d.C e narra de maneira singular Jesus como o messias prometido. Deste modo, as profecias cumpridas em Cristo evidenciam que ele é, de fato, aquele que fora prometido desde os tempos antigos.


Os primeiros capítulos narram fatos importantes que nos ajudam a entender como Jesus é o Messias. Por exemplo, não é atoa que sua genealogia o situa como o verdadeiro herdeiro do trono de Davi. Esse título, filho de Davi, é uma identificação Messiânica. Ela é fundamentada em 2 Samuel 7.12,13: “Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino”. Assim, esse primeiro versículo do evangelho sinótico é um resumo de toda sua teologia. Jesus é o messias prometido.


Além disso, Mateus narra o nascimento miraculoso de Jesus. As profecias do Antigo Testamento apontavam que o Messias viria de maneira especial. Mais precisamente, Isaías 7.14 informa que o verbo encarnado de Deus nasceria de uma mulher virgem. Ou seja, sua concepção não seria efetivada do modo natural, mas sim sobrenatural. Por esse motivo, Jesus é concebido pelo Espírito Santo, apontando sua natureza divina. Ele não foi concebido em pecado como Davi apontou no Salmo 51.5.


Outra premissa importante é a caracterização de Jesus como o Cristo por meio do anjo. É notável que o evangelho de Mateus dá ênfase a esse fator, uma vez que a narrativa corrobora com as profecias do Antigo Testamento. O ser angelical em Mateus 1.21, 22 mostra que tudo está acontecendo para que se cumprisse as profecias, e a Jesus é atribuído essa função salvífica. Ele é o mediador da nova aliança, o perfeito sumo sacerdote e a perfeita oferta pela culpa do pecado de seu povo.


Não menos importante, a fuga da família de Jesus para o Egito e seu exílio ali é um quadro de tudo que ocorreu com Israel no Antigo Testamento. Do exílio a libertação do povo, houve momentos de tensão. Cristo, ainda bem pequeno, ficou no exílio, porém voltou e esses fatos recapitulam a sobrenatural libertação de Israel, contudo, como já sabemos, o povo foi obstinado e rebelde e ficou exilado. Em Cristo, a libertação é definitiva e total. E todo esse desenho é posto sobre os olhos dos leitores originais como a perfeita identificação de Jesus como o Messias.


Há muitos outros textos. Na verdade, todo o evangelho é uma prova disso. A forma como Jesus multiplica pães e peixes, o ensino do sermão do monte, as curas sobrenaturais, o poder de Jesus sobre os demônios. Todos esses fatos pintam o quadro do evangelho e a cristologia messiânica.


Por Rev. Lucas Carvalho.

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